quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Ácida coragem



Como um espectador
que se salva da dor
eu vejo a vida vindo me encontrar
abro os olhos e ao meu redor
vou colhendo do dia novos lugares
ruas,lares,colos,...sinais

Não desanimei

até desafiei carne e sangue
sal do suor caido 
sal do sabor saído 
das lágrimas proferidas
e na escola da vida ,fui me aperfeiçoando

Caminhos tortuosos, bem rentes
uns escolhidos outros, nem tanto
noites assombradas, revés,cansaço
fantasmas indecentes de minha mente
outros bem vivos, de carne e osso

Fosse feita a vida só de verdades
tivesse autoridade, teria feito tudo parar
mas,vontade não move montanhas
e com isso meu corpo apanhava
das escolhas, sempre negadas

Não basta ser réu confesso
rumo dá quem manda 
quem detém o vil metal
e nem sempre o bagaço dá sumo
isso eu assumo e assino em baixo

Mas,a vida nem sempre esteve em minhas mãos
saber nem sempre é ter razão
foram papéis,
recados,
sonhos rasgados pela vida à fora

Vento,rio,natureza que acalma
água que lava e leva minha fé
ás vezes ela volta mas a
cumplicidade,nunca mais haverá
do que sobrou daqui

Resta saber,se consenti
atravessar o muro
quebrar o que era seguro
assinar o que não concordei
apenas para pagar por minha paz


Se é blefe, um dia alguém por mim vai  cobrar
e se eu perder o norte alguém vai sinalizar 
eu sempre tive a sorte de ter um santo para me abençoar


Adriane Lima
 





Arte by  Michael Parkes

Um comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...