quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Efemeridade






 



Olha menina, tudo é provisório
de tua tristeza até tua sina

tudo é assim :


do rio que seca
da estrela que apaga
das mãos que tecem
ao ombro que acolhe

Tudo nasce,tudo morre.

Pássaros a voar
Passageiros do tempo
abrupto ar
nos engole sedento

O que nos falta é r(ar)efeito
ou lúcido defeito, de pensar
falta é leveza de ser
a previsão da vida, é tão pouca

Debruçada na janela
em que avistas
montanha,céu,lago, árvore fixa

Não te atentes ao efêmero
imortalidade,nem para as pedras

Tudo morre a temporalidade
sombras de tristeza tênue

No apego :
olhar a vida por retratos
e ter no âmago o que convém

Fluir na existência
justificados pela nossa passagem
alma lavada nos contém

 
Adriane Lima


Arte by Hugo Urlacher  

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...