segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Onde dormem as palavras




É preciso sagrar-se mortal
e merecer a felicidade celestial

O esquecimento , o ódio e o medo
não são palavras desumanas
use-as verdadeiramente
e liberte todas as rimas
as resmas, as teclas

Marque feito gado o que te cerca,
te incomoda e ao mesmo tempo te domina
me cansa essa aliteração
de asas, de casas, de brasas

Esse amor sem riscos
e contentamentos
que jamais te faria pensar :
-nunca sou, mesmo sendo

Incansavelmente repito
o mesmo movimento da alma
que cala a cada manhã que te nego

quando leio em teus olhos
o destino do meu dia





Adriane Lima







Arte by Cristina Fornarelli
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