quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Poema Prisioneiro






Não...
Nem sempre entendo
por linhas tortas
por verbos arrastados
por palavras generalizadas

Quero o real
derramado pela vida à fora
indicando o que é sentido
por ouvidos atrevidos
especulações de amor errado
versos bandidos
meros recados

Chega de filosofia
de comer na mão
de quem só se sacia
de mistérios e encantos
de pura magia

Escrever , como quem faz
regras à si mesmo à esmo
Escrever , como quem traz
pão a quem tem fome
Escrever , como quem é
livre de gestos ou
palavras

embora algumas
permaneçam enjauladas
na garganta e pela força
santa, não encaixam na
escrita nesta hora

liberta-las?
muito embora
ato necessário
não é hora

palavras pretensiosas
palavras escancaradas
palavras emudecidas
palavras misteriosas

palavras ...
verbo sem ato
de existir de fato
uma palavra que
convença

palavra sentença
nula de emoção
nua em noite
de escuridão
onde serei sempre
refém de meu poema vão

 





Adriane Lima
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