quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Ventos no quintal
Deixo o vento te levar daqui
o inverno sabe dizer
a hora de partir
sensação tacanha
de perder a lógica
sentir-se estranha
visitante
prisioneira
ansiando por liberar
espaços
corpo e mente
assim flutuam
verdades cruas
de um padecer
retroceder em sonhos
ja me recomponho
e volto a ser melhor
pior é ficar assim
poesia bailada
palavra doada
apenas para acontecer
Alados sejam os ventos
e seus movimentos
Adriane Lima
Viagem Interior
Me vi sem disfarce
naquilo que sou
misto de amor e desamor
enlance e deselance
perfeição e imperfeição
Morada de sonhos e realidade
delicadeza e crueldade
piso concretos e desertos
visito delírios febris
Encaro meu avesso
despojado sem adereços
e sem endereços
das chegadas ou de partidas
Vejo dores guardadas
fantasias já rasgadas
Mas teimosas em viver
das chegadas ou de partidas
Vejo dores guardadas
fantasias já rasgadas
Mas teimosas em viver
Sou aquela que se fere
e cura o próprio corte
sou a sobrevivente
a fênix renascida
cheia de feridas
sigo meu caminho
Navego dentro do mar
em profundidade real
sou mulher atemporal
esquecida na beira do cais
Adriane Lima
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