terça-feira, 18 de outubro de 2011
Velhas súplicas
A dor que encosta
em meu corpo
não permanece
flutua
já é dormente
vida que voa
e tua voz ecoa
em minha alma
e permanece
tão incrustada
meu peito cala
eternamente
Pássaro noturno
que em total
anonimato
me roubou
o sono
Onde vou?
Esperava um milagre
um dia a certeza
de minhas
acostumadas
tristezas
terem um fim
Mas tudo foge
pássaros, sonhos
paredes , mãos
Minha guarida
insistindo aguarda
palavras de amor
como a noite
aguarda o sol
Adriane Lima
Sou tantas
Sou tantas
quando estou
na pele nua
sou tua
A mais entregue
enamorada
de alma pura
me transporto ao etéreo
e me deito
enfeitiçada
Consumado o fato
tato, olfato,
visão de amor
e mais nada
e na travessia de amar
sou encantada
Entre pernas, braços
e carícias tuas
na emoção
sou provocada
Sou mulher
enveredada
por caminhos
de teu corpo
em sobrevoos
sou fêmea alada
Me transporto com
tua língua, molhando as
flores em minhas costas
desenhadas
Em teus olhos
vejo os meus
sou lua renovada
pele a pele
carne a carne
por espaços
fecundada
entre palavras soltas
e a madrugada
Vivo os instantes
e versejamos
quase nada
E nessas horas
não sou poeta
sou profana
e na tua cama
a mais amada
Adriane Lima
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