terça-feira, 11 de setembro de 2012

Alice que me habita,entre a realidade e a magia ...

 
 
Estranha são as horas onde
o pulsar de meu relógio interno
me ergue de volta a vida

vai me revelando
que o tempo
não anda para trás

a vida , não ri
quando vê alguém chorar

tempo interno
não é a solidão
é pausa para desaguar
o que pode um dia não voltar

para tudo há o tempo
de prender e de soltar
de espalhar pedras
e tempo de ajuntar

nem tudo é ilusão
a flor que se plantou
em algum canto não feneceu

roda vida
vida roda
entre cartas abertas ou fechadas
tudo tem seu apogeu

mãos me pedem asas
para o impulso de voar

batemos queixos
batemos palmas
na hora de se soltar

mesmo seguindo
em ilusão alheia
entre histórias e motivos
para tudo aquietar

vou as avessas
na vontades do tempo
descobri por mim mesma :
calma e alma não
sabem juntas contracenar

e na velocidade dessa vida
sem cabresto, vou seguindo

pelas bordas do caminho
há flores,há espinhos
palavras e silêncios

e minha criança interna
viaja além de espaços
redodamente livre

mesmo sabendo ser
contraditória a arte
de brincar entre anões e gigantes ...





Adriane Lima







 Imagem retirada da Net 

A doce visão do escuro




Minha dor é o jogo
da roda do infortúnio
pássaros comendo carne
de meus restos humano

restou-me bem pouco

além da sujeira
dessa lama

norte , sul, leste, oeste

pretéritos de um mundo inteiro

uma gaveta sempre aberta

para encontrar a palavra certa
para dissonâncias,interrupções
dessa minha roda de ilusões

vou pulando os desafios

dentro de mim, tempo vazio
impulsionando alguns lampejos

é ausência sem consolo o

que ganho em abandono
a vida petrificada
entre círculos mundanos

ando por labirintos

e sou guiada pelo instinto
dos sonhos que guardei
dos desejos que sangrei

de tudo que fui

e do todo que não ousei

hoje albergo-me

em memórias
e me indago 

se um dia poderia
ter sido outra
a minha história


 

Adriane Lima






Arte by Igor Morski  
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