segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Molduras



Terá a vida lambuzada
de emoções e imagens
Quem vive e sente em telas
e através delas
O poema a palavra o enfim
Mas as vezes a dor ocupa metade do
que habita em mim.

A magia nem sempre é inteira
Nem sempre é certeira
ás vezes é esboço
alvoroço do criador
Outras natureza morta
delatando a natureza interior
é preciso que brote mais que flores
que pássaros
que brote sentidos para o quadro não perder a cor

Emoção não se desconstrói assim
Nem tem múltiplas facetas
Não emolduramos sentimentos estáticos
Nem elegemos palavras em forma de oração
Mas seria louco quem pintasse a vida sem paixão

Ás vezes iniciamos a tela, sem saber profundidades
Pintar um mar e sem cor a solidão
Dar vida a ela ,se lambuzar em sonhos
e mergulhar em formas abstratas
no quadro da emoção

 
 
 
 
Adriane Lima
 
 
 
Arte by Enzo Castañeda

Orgia de palavras



Tem noites que eu não durmo nada
a poesia louca 
me acorda
em plena madrugada
quer fazer amor comigo,
e eu doida aceito
me solto,me envolvo,
me perco entre suas doces palavras
e em rimas dou risadas,
sinto arrepios,saio do chão
sensação de liberdade,
perversidade de brincar com as palavras
plena madrugada,acabar com o silêncio
que estava no quarto
e nesse ato,me engrandeço,
me envaideço de ser a escolhida por ela
eu e a poesia:amantes, loucas,
gozamos juntas o mel das rimas e
versos soltos no ar
è quase um escárnio,
me vem com força, inevitável...
quando ela me convida, tão instigante,
não sei negar
E para ela sou livre,disposta a me dar 
a qualquer hora ou lugar
com ela faço filhos são as palavras,

as palavrinhas e os palavrões...




Adriane Lima
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