quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Rabisco Aflito




A noite veio
com seu manto
e para meu espanto
eu já era o breu
Vivi todas as escuridões
do dia, sem alegria
sem soltar a voz
sentenciada por iniquidades
restos de vaidades
meras necessidades
de se jogar como
o que se tem
Transito entre homens
que não se entendem
ladram feito cães
dementes e nada se produz
Afundaram-me para um sono
onde fiquei sem entender
marionete manipulada
sem chão, sem estrada
Coroada com um destino
que nem era meu
Correr para onde?
dentro de mim mesma
flutuar na superfície
do mundo e gritar
efusivamente

Como?
já não tenho voz






Adriane Lima
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...