Sim, hoje eu soube compreender
porque a vida algumas vezes me fez flor.
Sendo flor, fui margarida
na exata medida
arrancou-me pétala por pétala
da raiz até o amor
lágrimas ao solo
viraram musgos
finas rugas
de tempos outonais
onde tudo se perdera
onde tudo se esvaíra
E então, eu vulnerável
precisei desabrochar
revivendo de outras formas
para não morrer e nem matar
como flor brotei, como flor sequei
como flor renasci novamente
e minha semente, foi jogada ao ar
hoje estou liberta
sob o signo da borboleta
agora o amor, pode vir me visitar
que nunca mais irá me ver sangrar
Adriane Lima
(imagem retirada da net )