O que dói em mim
é que sempre,
seremos estranhos
por mais próximos que estejamos
nada vai nos
confortar
A alma aproximada, pôde ser festejada
em tantas luas , em tantos versos
entre esperas de céus na madrugadas
olhos postos a imaginar a solidão velada
Passeamos entre o barulho e o silêncio
estações ,resto de desejos, soltos no ar
folhas perdidas, entre a poesia
e a prosa que tentei te enviar
Cheiro de promessas, esculpida em cenas
fáceis de evitar, nossas criaturas trancadas
em retinas, contemplando o medo
de não transmutar a paz
Sonhos entre vontades
enganos de existir proximidades
isentamos as possibilidades
me procuro em teus escuros
onde não sei caminhar
O que sabemos, o que pensamos
seria só minha vontade de querer-te ?
extensos muros do fascínio
que um dia há de aflorar verdades
Combato a estranheza dessa luta
onde enfim , o grito preso me separa
nas ruas em que foges de mim
Adriane Lima
Arte by Tomasz Ruth