Sonhei ser estrela
dona de meu céu distante
dona de um peito errante
que teimava em ter razão
Me via em um círculo mágico
traçado por cinco pontas
de luz e redenção
hoje trago no peito
tempo e escuridão
E nesse vagar de estrela
Não sei de mim
não sei do tempo
frio e cansaço
não sei do abraço
que sonhei afinal
E me vi nesse mundo estranho
não sabendo nem seu tamanho
se feito de silêncio lunar
ou espaço de estrela cadente
Se aspirar a luz
Talvez um dia saberei
quando olhar-me de frente
e no fundo de meus olhos
ver o brilho de minha estrela interna
Aquela em forma de força
que entre céu e inferno
nunca me abandonou
Adriane Lima