terça-feira, 17 de dezembro de 2013
O cárcere das janelas da alma
Porque eu aprendi a viver assim
na corda bamba
no tempo frouxo
nas horas largas
perdi de vista o ontem
feito flor da noite
que ao chão sucumbe
à essência
tempo é perfume
estrelas em seu lume
morrem entre presente
que vivi
linha tênue
entre corpo e mármore
refaz o que senti e pressenti
Adriane Lima
Arte by Anick Bouvattier
Voos em linha reta
O teu amor
já não cabe em um poema
e teu cheiro se apagou
de minha pele
sigo em voo lírico
frenéticas asas de borboletas
carregam veladas
gotas de âmbar
entre morte e renascimento
caem de mim feito pétalas
- tempo é desprendimento
Adriane Lima
Arte by Dorina Costras
Como conter o incontido
Poetas
(des) cobertos
de sensibilidade
(vest) idos
de máscaras
sobre poema
alheio
arlequins
(es)condidos
no carnaval
das palavras
(des)nudam
suas dores e rimas
entre
(en) fadonhos
(dis) cursos
e
sonoridades íntimas
(ex)tremidades protegidas
abalos (en)cobrem
só o verso
(in ) confidente
Adriane Lima
Arte by Alexandre Sulimov
Lirismos entre instintos
Viajantes
nas linhas dos corpos
entre a curvatura das pernas
no ápice do itinerário
o olhar pede
lábios se roçam
olfato se aguça
água translúcida
percorre por entre poros
imprime-se o desenho
em devaneios sonoros
lapidação em pedra bruta
abrem-se túneis e grutas
navegamos em sussurros
corpos feito estradas
de silêncios lunares
dedos em aragem
mãos de calafrios
escorrem sonhos
entre galopes poéticos
meus segredos
em voragens
fazem a escalada da noite
nas asas de Kairós
paira sobre o tempo
absolvição
fogo e fato
a realidade nua
frágil testemunha
nos compôs
em labirintos
Adriane Lima
Arte by Bill Bate
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