quarta-feira, 11 de abril de 2012
Alma ferida
O espelho de minha alma mostra
o que externamente não se vê
são feridas expostas
abertas em minha pele
que em minha retina, se lê
Palavras que não explodiram
Palavras que não explodiram
em forma de covardia
são dores, são açoites
que vivi entre meus dias
Os silêncios mais doloridos
Os silêncios mais doloridos
as palavras nunca citadas
queimam a cada minuto
em minha pele apressada
Quero fazer vir tudo à tona
Quero fazer vir tudo à tona
para que possa fazer sentido
isto tudo tão dolorido,
tem que ir saindo de mim
e chegar até você
Adriane Lima
Adriane Lima
Arte By Jonnhy Palacios Hidalgo
Incerto Abril
Esse imenso Abril
parece não terminar
desabam montanhas
ressaca o mar
Teve gosto de saudade
alegrias e necessidade
deixou a eternidade
vir de novo se instalar
Dentro de minha casa
Dentro de minha casa
já não mora mais o vento
as folhas caídas foram levadas
feito dores suicidas
feito dores suicidas
de um princípio sem ter fim
Por entre ruas, carros e edifícios
Por entre ruas, carros e edifícios
a carne sangra a dor do outro
e Abril não desistiu,
de partir dentro de mim.
Rasgando meu peito feito nuvem
Rasgando meu peito feito nuvem
mudando desenhos e contornos
a olhos vistos no infinito
Talvez assim,houvessem gritos
De anjos e Querubins
De anjos e Querubins
Adriane Lima
Arte by Yannick Bouchard
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