segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
Olhos de vigília
Cansei de ter olhos de vertigens
ver abismos e superar
quero olhos de planícies,terrenos linear
Uma rede nas pupilas
e em paz me imaginar
Adriane Lima
Arte by Christina Schloe
Presente pretérito
Pouco sei prever
o que vai acontecer
dos risos, os motivos
da busca, a soma de palavras
mesmo não sendo a saída
invento a verdade escrita
na alegria
na melancolia
na loucura
na noite e no dia
vida
existe
resiste
silenciosa
ornada
sempre
nas mãos úmidas
onde seguro um
universo onírico
nuvens de versos
vão mudando lentamente
quando pulsam,
transpassam
expulsam, ondulam
em minhas mãos as
palavras
crer é supor
adivinhar e sonhar
já não desejo acreditar
desejo sentir
palavra por palavra
copulando em mim
só poesias
Adriane Lima
Arte by Eliot Lovett
Poema Anônimo
Queria que meu poema
não precisasse de nome
um poema sem nome
um poema sem dono
para explica-lo
Melhor que eu
e meu sujeito
que há muito
não se encontra composto
Vou fazer um verso exposto,
para você que anda oculto em mim
Adriane Lima
Arte by Marci Macdonald
Poema sentimental
Quando me diz
de teu desejo
me arrepio
ao mesmo tempo
me assusto
respiro o peso
em meus ombros
onde sonho
depositar teus beijos
em mim há silêncio
e sossego
feito nuvens
que se dissipam
diante de olhos fixos
encontro-me
água potável
receosa, de tua sede
serei apenas mais uma?
não sei
não espero nada
apenas ser desejada
pelas metáforas
e imagens
que já depositaste em mim
é de minha natureza
atravessar olhares
poetizando espaços
o que, veja bem, não é pouco ...
Adriane Lima
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