quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Poema sem título




O mais difícil fizemos, que era criar o prefácio
falamos de pele, sangue, suor das guerras que
travamos sob lençóis e carne.
(Não tinha nome de amor).
Fácil enredo, cheirando a romance, volúpia e medo.
Haviam sinais nos muros
desenhos em nuvens
linguagens icnográficas.
Nada havia de verdadeiro.Ficcional porém inteiro.
Era um silêncio de morte e comunhão com o nada.
Objeto de muitas camadas,
deitávamos entre as letras de mãos dadas.

Análogos, nós nem tínhamos escolhido um título
e essa demora, era a melhor parte ...





Adriane Lima






Arte by Brooke Shaden

Olhos perplexos

 
 
 
O poema era para menina
(que morava dentro dos olhos)
O poema era liquido, vazou por
toda face, tocou seus lábios
fez uma poça no sofá marrom.
A menina, percebeu que
havia se formado um desenho
Pareciam orelhas de coelho
assim pontudas ou até quem
sabe asas de borboleta.
Ou para aquele desenho
não haveria nome verdadeiro
invariáveis abismos por
 serem lágrimas de nostalgia
 
- Solidão em poesia 
 
 
 
 
 
 
 
 
Adriane Lima
 
 
 
 
 
Arte by Patrick Palmer
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