Tens razão, sofro ao lidar com minha sensibilidade.
É tanto olhar me espreitando, é tanta verdade aqui sobrando, mas não me
falta coragem para ir aprimorando o coração, para fazer valer, minhas
verdades. Meu olhar já sabe que é dez a zero para a realidade.
Eu acho que sempre fui poeta nasci poeta e vou morrer poeta pois sempre
aprendi a respeitar o
que meu olhos enxergavam aprendi a respeitar o brilho da lua a iluminar o
céu dentro da madrugada a respeitar o barulho da aeronave que cortava esse
céu despreocupada a respeitar o barulho de um grilo nessa mesma noite
enluarada a respeitar o silêncio de uma estrela quase apagada a
respeitar a nuvem que passava nessa noite encobrindo a lua a respeitar o
cheiro de uma flor quase esquecida estou cada vez mais poeta pois
respeito o silêncio de um homem em suas escolhas prolongo histórias,para
minimizar verdades por entender do tempo e seus intermináveis
silêncios viro dor para não virar fim e ser só, poeta