sexta-feira, 7 de março de 2014

Prato de cerejas





Talvez eu use vermelho já entrei e sai
trinta vezes do espelho
talvez eu só pinte as unhas de carmim
quero algo que lembre sangue
colado em mim
glorificado em corpo e espírito
o mal sem raiz
ando em quietudes anêmicas
algo de ausências
ao viver me rendo
ao ardor me bordo
alinhavo palavras insensatas
vermelho é sólido
o tempo é liquido
estou nele para evaporar
 


 
Adriane Lima



Arte by Karol Bak 

Cotidianas

 
 
 
Logo cedo
tento realizar um mantra
é a redenção ao medo
igual 
quando o isqueiro falha
ao acender o último cigarro
 
algum anjo deve estar de sobre aviso
 
 
 
 
 
 
Adriane Lima  
 
 
 
 
 
Arte by Gabriel Picart
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