quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
Tempos de aço
Tempo de estio
garganta seca
e o coração vazio
os caminhos
em que ando, são ásperos
a vida
ora embebida em poesia
ora em nostalgia
sensibilidade
esquecida na gaveta
a esperar uma chuva
de palavras e de emoções
banhar-me o rosto
ter um amor disposto
a ser algo maior
se houvesse
uma lua suspensa no céu
meu corpo subiria ao infinito
lançaria nuvens
de águas limpas
mas, o tempo é de estio
secura maior
que o sal do mar
e o que tenho em mim
são paisagens
Adriane Lima
Arte by Ingrid Tussel
Sopros da noite
Guardo da noite
o odor da terra molhada
a lua apareceu na madrugada
Perdida como eu, estava
sem saber o que iluminar
veio fazer companhia em minha jornada
Após esperar acordada
o silêncio perdido de nós dois
manhã nasceu em minha janela
onde outrora, sonhei quimeras
Quem era eu quem era ela
sopros antigos a meu favor
Hoje, não há mais tempo de alegrias
nem razões para nostalgias
sigo em via crucis
entre becos sem saída
Espantando a dor dessa ferida
onde sou beija-flor e você poesia
- Girassol que virou
Adriane Lima
Arte by Michael Cheval
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