domingo, 24 de novembro de 2013

Entre o lapso e o guardado

 
 
 
Sem alento
e discernimento
o amor deu um nó
almas se perderam
ficando no breu
da memória
 
e a joia
que parecia tão rara
não passou
de metal polido
 
um brilho opaco nasceu
naquela manhã sem aromas
o botão da rosa secou
a grama não orvalhou
a cotovia não cantou
 
a fome do desejo passou
o fogo foi apagado
inferno revisitado
dentro de nosso éden
 
as canções perderam o ritmo
as composições de amor
tornaram-se avessas
instável flor de lótus
apoiada em gavetas particulares
 
pedaços reticentes
o vazio e a nudez da alma
molhavam a flor equilibrada
dentro deles
vidas seguiam paralelas
sincronicidades, só em telas
 
 
 
Adriane Lima 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Arte by 
 

4 comentários:

  1. Respostas
    1. Obrigada Andrade Jorge,pelo teu olhar em minha poesia e por vir aqui "voar" nas asas da borboleta!!!!

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  2. Triste e belo...

    Veio à mente a definitiva frase de Maria Rilve:
    "Amor são duas solidões q se completam."

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    Respostas
    1. Amei a frase e posso te dizer que ela hoje fecharia o poema que acabei de fazer !!!!!!!!!!!!!!

      Obrigada por sempre vir me visitar em poesias !!!!!!!!!!!!!!

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