Abro os braços e pernas
para o mundo
faço um eterno socialismo
de meus pedaços
a revolução que cravei
era luta interna
e na paz que busquei
fui derrotada
não houve soldado
que tomasse posse
nem brinde
que acalmasse a sede
houve uma vida
derramada em tantas bocas
perdição e jogo
em cada vã batalha
onde em noites de solidão
eu rezava
para ter meu coração costurado
Adriane Lima
Arte by Francine Van Hove
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