quarta-feira, 18 de março de 2015
No precipício da felicidade
Leminski debruçado a janela
observa as andorinhas lá no alto
olha, se contorce, ergue as patas
no desejo de alcança-las
elas, livres secam as asas
em suaves voos pelo céu
após a tarde chuvosa
ele, preso em acrobacias
em pleno chão de seu
viver de gato
não imagina de fato
testar uma
de suas sete vidas
dona de seu destino
cruzo as mãos
continuo a ler meu livro
e me lembro da frase
só voa, quem de céu é feito
não quem se atreve a fazê-lo
Adriane Lima
Arte by Chelin Sanjuan
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