quarta-feira, 15 de abril de 2015

Nas mãos do destino

 

Quando nasci, uma cigana
pôs as mãos em meu destino
deu-me coração nômade
e alma de passarinho

fragilidade para quem olha
e jura que conhece os caminhos

esqueceu-se de que dentro
das mulheres há furacões

que seus sentimentos
nasceram das deusas do Olimpo
entre o cômico e o trágico
a dor é somente disfarce
para se fazer poesia

minha alma de mulher
desde que nasci
sofreu mutações
de meus fantasmas mais profundos
com alguns consegui crescer
com outros paguei o preço ao ver
que lobos covardes
encontram-se no paraíso
pobre de mim que ao nascer
da cigana não entendi o aviso

 


 


Adriane Lima





Arte by Fabian Perez 

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