quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Limitações






Hoje eu queria
na cápsula do tempo
fazer uma poesia


Vinda da mansidão
das chuvas internas,
das ruas e bares vazios


Onde o refrão
pudéssemos cantar juntos,
onde pudéssemos acreditar
mudar o mundo


Sendo guiados
pela mesma fome
que faz girar tudo
que se consome


A humanidade está habitando
a mesma casa e
não pisando o mesmo chão


Em cada gota de água
em cada sede de sumo,
há demonstração da força
do silencio e solidão


Não foi o tempo, foi o espaço
o limiar de civilização
as unhas negras de terra
amparando estrelas ao caírem em vão


A Esperança de um moribundo é
a absurda condensação do Domingo





Adriane Lima







Arte by John Broph


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