terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
Dualidade
Eu sou essa que habita
dois mundos
vejo minha existência comum
entre rotas e calendários
coisas que tem forma
marcações entre
a terra e o céu onde
tento estar
vejo-me envelhecer
através de meus cabelos
das rugas
meu espelho mostra
o que não sou mais
espelho guardado
retrato do que me vejo
e nem sou capaz
vida que poderia
ter sido intensa
valesse a recompensa
por tudo que já passei
sinto-me hoje
em outra esfera
esperando o tempo
de renascer
ninguém conhece o mundo
por trás de meus olhos cansados
Minhas mãos dilaceradas
de tanto oferecer
dar vida aos meus desejos
buscar intensamente
colorir o cotidiano
mas minha voz calou-se
essa não acorda mais espantada
não grita mais minhas verdades
Eu sou essa agora
que preferiu o silêncio das feridas recentes
Adriane Lima
dois mundos
vejo minha existência comum
entre rotas e calendários
coisas que tem forma
marcações entre
a terra e o céu onde
tento estar
vejo-me envelhecer
através de meus cabelos
das rugas
meu espelho mostra
o que não sou mais
espelho guardado
retrato do que me vejo
e nem sou capaz
vida que poderia
ter sido intensa
valesse a recompensa
por tudo que já passei
sinto-me hoje
em outra esfera
esperando o tempo
de renascer
ninguém conhece o mundo
por trás de meus olhos cansados
Minhas mãos dilaceradas
de tanto oferecer
dar vida aos meus desejos
buscar intensamente
colorir o cotidiano
mas minha voz calou-se
essa não acorda mais espantada
não grita mais minhas verdades
Eu sou essa agora
que preferiu o silêncio das feridas recentes
Adriane Lima
Arte by Karol Bak
Acordando as cores
O tempo põe cores na vida
pinta de azul o céu das lembranças
de amarelo as fotografias
de lilás os finais dos dias
de verde as esperanças
de vermelho as vontades
de branco a saudade
podendo ser arte ou sorte
vida ou morte
de fugaz efemeridade
as cores mudam no olhar
de quem passa por elas
cores quentes de verão
ou de uma delicada primavera
silêncio invernal translúcido
mimetizando minhas horas de outono
e com os dedos vou colorindo a tela
sob as cores de meu abandono
de alma,deixo-me levar
roço os dedos no tecido
vou aguçando meus sentidos
na arte vinda da vida
e da vida vindo com arte
dedos e tintas no embate
em uma luta ensandecida
Adriane Lima
Arte by Robert Doesburg
Assinar:
Postagens (Atom)