sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Poeminha do cansaço




 
Minhas forças se foram
e as espero de volta
repensar é o que importa deixo aberto os braços
meu cansaço e a porta









Adriane Lima 








Arte by Bruno di Maio 

Fim de festa





Era eu na janela
com olhar de jejum
era eu na rede
com imensa sede

era tudo de graça
era fome e a pirraça

era eu querendo
tapar a visão do mar

era eu querendo
olhar e não enxergar

corpo em trajetória
de toda uma história
que cansei de empurrar

alimento o corpo
alieno a alma
ou vice versa
nem sei mais

a fome vem do tamanho
de nossas garras
instintivas descobertas
feitas de doce ou de sal

o doce sugere confeito
o sal mero defeito
lágrimas secam no varal

estendidas memórias
via sacra diária
compõe meu desassossego

velhos ou novos apêgos
que mudam de uma hora para outra
depois dos fogos artificiais


 

Adri Lima

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Roupagem nua

 
  Amar é despudor
amar é despoder
vestir outra roupagem

ceder-se ao prazer
amar até se dissolver 
fazer outras viagens
buscar um novo ser
amar é uma única dor
que se vê ao nascer
ao interno do outro

se entregar a devoção 
de se achar e se perder
amar é redenção 
amar a carne,a alma o caos
amar o vazio da solidão alheia
amar o desejo que serpenteia
quando olha o olho e assim vagueia
 
o macho e a fêmea inundados de verdades
amar é a vontade de ser-te
essa sede em nós de vidas inteiras


 
 
 
Adriane   Lima
 
 

 
 
 
arte by Arthur Tress
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