sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Uma ode ao idílico




A porta de minha casa
já foi branca um dia
 
assim como as louças
as toalhas e os lençóis
 
o tempo e seus deslizes
deu a eles novas matizes
 
a vida na rotina
- ao pó nosso de cada dia







Adriane Lima




               



Arte by  Edson Campos

Emaranhados





Há um grande deserto
entre o que fui e o que sou
e esse átimo perdido no tempo
tantos laços emaranhou
perdi pedaços de mim
fragmentos poéticos
entre olhares pessoais
e impessoais
quem sabe de mim
sou eu e minto
pelo simples prazer
de doer e me fazer maior
em sinceridades
e menor em vida e espontaneidades
por isso sei que
o mundo, não é dos poetas
míopes de realidade
há o colorido das horas
há horror e ansiedade
como um elo incomunicável
de um ego aprisionado
somos Teseu em busca
da saída e da morte
do Minotauro
não há paredes movediças
nem portas destrancadas
há a solidão do existir
neste deserto
sem água potável













Adriane Lima









Arte by Alberto Pancorbo 

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Poema da Polidez


Buscávamos a eternidade
luz e temperatura
tudo em nós  foi infinito
os perfumes, as músicas
instigados pelo tempo
gestos e amorosidades
tudo em nós hoje é entalhe
quase que por arte
trabalhamos as palavras
como um artesão
esculpindo mármore
entrecortadas por nuances
de bondade e breves medos


 


Adriane Lima 



Arte by Evgeny Kusznetzov 
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