quarta-feira, 23 de julho de 2014

Poema prescindível



 
 
Nesta vida
de morte
guardada estava,
a flor do lácio
lateja agora
o sonho
e a mágoa
 
não mais respirei
o vício de teu aroma
e da água, que me banhaste
 
embora tua lembrança
esteja tão viva
soa-me, abstrata
 
havia a pausa
entorpecida
pelo modo petulante
que me arrancaste
 
as palavras ressurgiram
feito aço e pluma
 
das lembranças
delicadas e não
pensadas
 
não, eu nunca soube
de tuas mágoas
embora todos
os amores
aspirem a eternidade
me perdoe, eu nunca soube
 
que você havia me sonhado 
 
 
 
 
 
 
 
 
Adriane Lima





Arte by  Jenny Liz Rome

terça-feira, 22 de julho de 2014

Entre o viver e o entender

 
 
Enquanto ele
falava em eternidade
desenhava em minha mente
uma chuva de palavras
 
dessas memórias quimérias
detenho um pedido inegável:
 
deixe-me morar em seus poemas 
 
 
 
 
 
 
 
                                   Adriane Lima 
 
 
 
 
 
 
Arte by Enjeong Noh 

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Fios esparsos


 


Entre noites de insônia
respiro ilusões
e estranhamentos

-ainda assim é melhor

cansei da falta de ar
dos dias de lucidez
entre tormentos

 




Adriane Lima












Arte by  Aaron Nagel
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