Composições febris
Alma , lama
mente, morte
presságios, serpentes
que voam no ar...
Aladas, desalmadas
sibilam doce cantar
Vejo-me em uma nebulosa
sentada a esperar
estou no ar, no éter
nos sinais, nas dores
Pensamento suspenso
no vento, que chama
movimentos a rodar
espirais, se fossem ao
menos coloridas...
Rodam na vida
a ciranda dos personagens
das minhas margens
sempre a passar
A linha reta, o etéreo
o limiar do perigo
o vulcão interno
quero acordar
o riso solto
onde é que está ?
Estou em minha cama
um corpo do outro lado
do mundo a me espreitar
me sonda, me segue
quer me testar
Não tenho teoria
entre alma e lama
entre os homens que morrem
e os sonhos que movem
o que tão intensamente
em mim se acumulou
Histórias necessárias
insegurança fantasiada
de alma e de lama
nesse teatro que está
começando a cair
Adriane Lima
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