quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Composições febris



Alma , lama
mente, morte
presságios, serpentes
que voam no ar... 
Aladas, desalmadas
sibilam doce cantar

Vejo-me em uma nebulosa
sentada a esperar
estou no ar, no éter
nos sinais, nas dores

Pensamento suspenso
no vento, que chama
movimentos a rodar
espirais, se fossem ao
menos coloridas...

Rodam na vida
a ciranda dos personagens
das minhas margens
sempre a passar

A linha reta, o etéreo
o limiar do perigo
o vulcão interno
quero acordar
o riso solto
onde é que está ?

Estou em minha cama
um corpo do outro lado
do mundo a me espreitar
me sonda, me segue
quer me testar

Não tenho teoria
entre alma e lama
entre os homens que morrem
e os sonhos que movem
o que tão intensamente
em mim se acumulou

Histórias necessárias
insegurança fantasiada
de alma e de lama
nesse teatro que está
começando a cair

 
 
 
Adriane  Lima

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