Me vi sem disfarce
naquilo que sou
misto de amor e desamor
enlance e deselance
perfeição e imperfeição
Morada de sonhos e realidade
delicadeza e crueldade
piso concretos e desertos
visito delírios febris
Encaro meu avesso
despojado sem adereços
e sem endereços
das chegadas ou de partidas
Vejo dores guardadas
fantasias já rasgadas
Mas teimosas em viver
das chegadas ou de partidas
Vejo dores guardadas
fantasias já rasgadas
Mas teimosas em viver
Sou aquela que se fere
e cura o próprio corte
sou a sobrevivente
a fênix renascida
cheia de feridas
sigo meu caminho
Navego dentro do mar
em profundidade real
sou mulher atemporal
esquecida na beira do cais
Adriane Lima
Gostei muito do poema, só o final que achei meio fatalista, como se a mulher estivesse abandonada...Creio que sempre vem mais uma onda, e outra outra e outra e outra...não dá pra ficar parada na beira do cais, a vida é movimento! sempre. Ainda que não estejamos com vontade ou ímpeto para nos mexer, a própria vida se encarrega disso, felizmente. hehehe...
ResponderExcluirBeijão!
Lindo post!
lindo! achei o final perfeito. gosto da sutileza e da delicadeza das suas palavras.
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