quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Condensação



Não há mais jogo
não há mais fogo
não,não há...

não há brisa
não há saída

morre o amor
a vida petrifica
em despedida

sangrar o liquido
chorar o sal
sólida junção

Vulcão de dores
transparentes
a olhos nus

Ombros,pés
tudo se agiganta
ao peso do tempo

Convés de bifurcações
nau insensata
solta em marés

sem leme
sem proa
voa febril

atroz sensação
infinito medo
já é meu dono
torturante solidão

sou condensação
sem cor
intenso vapor
transpasso nuvens

densidade e
transformação

e assim esquecendo
vou sendo...

faróis
lanternas,
vagalumes
luz diminuta
em noite sem lua

 
 
 
Adriane  Lima

Um comentário:

  1. bonito isso. Transformar os outros e ser transformado. Essa é a beleza da vida.
    Abraços.

    saudades de vc no meu infinito particular.

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