quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Palavra Doada



Porque ninguém sabe
Que isto não me cabe
E transmuto meu silêncio
engolindo tudo a sós

E quando olho minhas mãos
já estão assim cansadas
e escrevo versos
Mergulho em meu
universo e nele
sou embalada
 

Assim como quem
talha o bruto
dou forma
aos meus sentidos
e o verso sovado
se molda ao
que me dispo

Como um escultor
em seu mármore
quebro, moldo
o que está
sobrando
e minha alma
se eleva

e tudo flui
palavra doada
já está colada
moldada em
meu silêncio
de poesia

 






Adriane Lima

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