Salpiquei estrelas na noite e as colhi no jardim de azuis tornaram-se carmim despi-me da intimidade pétala por pétala e meu cheiro de saudade foi levado pelo vento
Sentimento à flor da pele desenhando nuvens na imensidão do céu maravilho-me ao pensar que ali, o imprevisível poderia habitar
Água clara que escorre percorre trilhas tortuosas vida que segue e ninguém empurra saltando pedras como quem flutua num livre arbítrio de espumas
Sorriso frouxo, desejo incontido animais domésticos protegidos canteiro de ervas aromáticas lavanda, alecrim e hortelã em minha cesta de vida vã
Conheci o que nasce livre sem que ninguém venha e semeie o sereno vestindo a relva me orvalhei a madrugada inteira
Adormeci acalentada pela música suave e me despertei para o mistério que havia ali a certeza de que em algum canto estava o perecível que altera tudo
Era o tempo tempo que ritmava a vida assim e que marcaria cada um de nós até o fim
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