terça-feira, 8 de novembro de 2011

Tempo da delicadeza

 
Flutuando sigo os dias
folhas secas
nostalgia
Infinito de céu azul
nesse espaço 
que acaricia
Sinto me peixe
fora do mar
buscando respirar

Através desse mundo
tento me encontrar
alma inquieta
quer ser devolvida
sair desse lugar

Ir para outro
onde esperar?

Passageira do tempo
espero germinar
flores de delicadeza
ventos que soprem no ar
olho os gestos vagarosos
do pássaro aprendendo
a voar

Permaneço em silêncio
entregue aos meus cansaços
nem a flor
nem o pássaro
nem o infinito azul
combinam em meu espaço
 
Não sou do mar
não sou do ar
Fases me mudam
me modelam
me levam
me trazem

Até quando
terei que aguardar?

Quero ser colhida
feito flor ao
desabrochar 
 

 
Adriane Lima
 
  Arte by Manuel Nunez 
 
 

3 comentários:

  1. Lindo demais!

    ah, essa intensidade de vida! e, com delicadeza é mais gostoso, mas, às vezes, é preciso força e grito. Até mesmo para nos lembrar o quanto a serenidade faz falta.


    Beijos!

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  2. ...muito bom...estou extasiado com este belo texto/poema..."alma inquieta" deixando de ficar quieta para clamar mudanças com delicadeza!
    Abraços e boa semana!


    felisjunior.blogspot.com/

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  3. e que as colheitas nunca deixem de existir para todos nós. Que Sensibilidade! Adriane Lima =)

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