segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Contas de Amor



Quando as somas não batem
quando tudo se abate
e dois não divide por dois

O que seria verdade
dois se somam
se juntam
dois é par

E sem par
ímpar
partem
não dividem amor
não somam forças
não desatam nós
não se despem dos medos
não se desmancham no ar

dois com vontades distintas
com saudade
De dois em dois

Tem dois
tem um só
se somam
se somem
se transpassam
então:
quem resta
na festa
da solidão?
dois se somam
amor, dor e se vão

metades
desejos
verdades

dois ou um
se consomem
e somem 
e na história de amor
ciranda sem mãos
restou um...

 
 
 
 
Adriane Lima

5 comentários:

  1. Olá Adri!

    Que poema bem matemático e lógico. Linda a imagem "ciranda sem mãos" = solidão.
    Muito bom!

    Abraço,

    Aureliano.

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  2. Sendo assim melhor zerar. Afinal de contas, se "resta um" é porque um jogo calculado.

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  3. VI ALGUÉM PARTINDO
    ERA HORA DE ALGUÉM PARTIR
    VI ALGUÉM CHEGANDO
    ERA HORA DE ALGUÉM VIR.

    PELO VELHO AMOR CHORAREI
    MAS PELO NOVO...SORRIREI.

    CICLOS QUE PASSAM
    É UMA NOVA ESTAÇÃO
    TEMPOS DE MUDANÇA
    EM MEU CORAÇÃO.

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  4. Ei, Adriane! Lindo poema, delicado e gostoso de ler. Adorei o layout tbm :)
    beijos

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