terça-feira, 17 de abril de 2012

Solidão Insone



Enquanto o corpo imóvel
se aquieta
a mente não para
nunca se acertam

corpo e mente não se aquietam
quando um cala outro berra
se o corpo pede calma
a alma acelera

Sozinha
me perco
me encontro
revejo saídas

De dia embate
de noite insônia
A solidão ruído
que brilha mais alto
e sofrido

Árvores se distorcem pela
sombra da cortina e sob
a luz de um poste me ilumina

Pensamentos engasgam
Idéias me abandonam
só quero ter meu sono

O vento canta sua canção
de ninar os astros
Ao longe o céu parece
engolir meus pedaços

Mente corpo
Corpo mente
são vozes que não quero ouvir...
 
 


Adriane Lima
 




( Imagem :  Michael and Inessa Garmash )

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