segunda-feira, 16 de julho de 2012

Ânima em nuvens



Não saberia dizer
porque a vida insiste
mostrar a cor em furtas verdades

sou camaleão, mudando
de rumo e rima
sem pluma ou pranto
vou morro acima ...

há algo que procuro
onde sempre há um muro
visão onde vou
me equilibrando
um desafio ao instinto
de amor sobre humano
frágil
extremamente frágil
são os meus planos
algo em mim sucumbe
onde a ânima não regada
se torna um eterno estio


jogo pétalas de amor infantil
frágeis :
-bem me quer
-mal me quer


brinco com vaidades
escuto veleidades

de ferimentos corre a vida
mas, não me sinto morta
me finjo de borboleta
ao abrir a porta
eis uma imagem gentil
frágeis, voos entre cores
o perigo não tem rosto

no tempo me desfolho
feito um calendário
que está passando

no silêncio a palavra : vida
se torna suicida
pedra bruta, já esquecida


sopram-me jardins imaginários
onde construo estátuas " in memoriam"
do que continuarei buscando




Adriane Lima
Arte by  Jeannete Guichard Bunnel 

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