Poesia Empoeirada
Sou apenas uma mulher
sendo levada
pela poesia do cotidiano
poeira dos móveis
roupas no varal
louças na pia
há calmaria nas flores
do quintal
nem o vento
como companhia
o céu azul
de nuvens brancas
onde tento
enxergar desenhos
mas, estou sem olhos
para a poesia
meu poema está
nas mãos
onde sozinha
vou compondo
tudo isso :
- pedaços do acaso
sorriso de lembranças
uma música ao longe
instantes que me chamam
para viver
hoje a poesia
dorme tranquila
dentro de mim
minha caixa de letrinhas
está repleta dos sons
da eternidade
mais tarde, vem a
metamorfose
o casulo do final tarde
já me faz borboleta
abro as asas do sonho
compondo uma ode as estrelas
Adriane Lima
(Arte by Dun Huynh )
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