segunda-feira, 22 de julho de 2013

Poema Flutuante

 
 
Chegar ao limite de âncora
uma salva de fogos
aos morto vivos

um deus mais puro ?
um caos seguro ?

por onde começar
enquanto espero levantar

oh, mãe natureza
a lua
o sol
eclipse em profusão

o peso do apreço
nos ombros
torneado por flores

por cima
os sonhos mal vestidos
marcas engomam
o ego de aventuras

falta ar
falta fôlego
é avião voando
rente ao chão

- perdemos
perdemos a hora marcada

sinuosos corpos
sob anaguas do destino

obediência estoica
presa a orelhas
de poucos ouvidos

o que nos humaniza
além do verso de cada poema

é a liquida certeza
de uma bolha de sabão
passível de poesia

 
 
Adriane Lima
 
 
 
Arte by Larissa Morais 

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