nem a falta de asa
nem a sobra de casa
é o caminho
é a tua hora
é a minha
é o tempo que se fez
indiferente, foi a gente
que culpa tem o mundo
se a porta está aberta
se o dia nasce
se a noite surge
dias iguais
os mesmos sonhos
os mesmos anseios
só o amor não veio
envelopes em cartas
não se usam mais
estamos sós
ele, ela, eu, você
- o mundo
dos sonhadores
dos coloridos
dos desgarrados
que se encostam
em cercas elétricas
e se agrupam
quando vem a chuva
quando vem o frio
quando vem a noite
unem-se ao rebanho
para esquivar-se do medo
para proteger-se da solidão
para encontrarem conforto
singulares, múltiplos
onde está o caminho
o elo perdido
as promessas vãs
onde está o grito
a carta de alforria
onde está o dia
em que a palavra
e a poesia
se tornariam sinônimos
de
ser
felicidade
Adriane Lima
Arte by Danielle Richard
Gostei muito do teu poema.
ResponderExcluirÉ magnífico.
Adri, querida amiga, tem um bom resto de semana.
Beijo.
Nilson,meu amigo poeta,fico sempre muito honrada com tua visita e teus comentários sobre minha poesia.Já que admiro tanto tua escrita!!!
ExcluirObrigada por todo carinho!!!
Beijo!