segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

O sopro do inesperado




 
Quando ouvi a música
foi como penetrar no vento
um redemoinho de lembranças
de amores e fracassos
 
aquele homem
aquelas tardes
aquelas noites
tudo começava
e recomeçava 
 
com uma lírica sensação de ar
um suspiro
uma sensação de liberdade
de fazer o que desejasse
e partir
 
brisa,vento,tempestade
seguia sem olhar para trás
sem ver estragos
que levei ou deixei
 
cada um de nós
entrava nesse redemoinho
por escolha própria
ganhava e perdia
sem nada temer
 
assim é a liberdade de viver
caminhar rumo ao desconhecido
  
e eu fui
e cada vez que
esse impulso vital me chamava
não questionava,
apenas ia e vivia tudo o que
o instante me oferecia
 
apenas uma indecisão interior
tão ampla e obscura
como o oceano
aparecia em minha frente
  
fomos esmagando egos
pela força das palavras
 
- fui me debatendo
tentando não afogar
 
pesava toda correnteza
que me empurrada
em sentido contrário
 
a liberdade não era
e nem nunca foi
um porto seguro
 
foi o reflexo
dessa miragem
que buscava
por anos a fio
 
dentro,bem dentro de mim 








 Adriane Lima




Imagem retirada da net.


Um comentário:

  1. No sopro inesperado
    o encanto em fá
    sem dó entoou um fado.
    Liberdade se fez tarde,
    em redemoinhos...

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