terça-feira, 2 de setembro de 2014

A legião estrangeira






Ando pelas ruas de olhos fechados
os carros passam me evitando
por duas vezes deixei o gás aberto
meu cão desesperado latiu avisando

alguém leve a minha alma
longe do meu mundo está a morte
perto do meu mundo está a sorte
me fazendo regressar
em um rio que corre sozinho

feridas que não pude estancar
sua presença rondando o caminho
seu perfume em minha vontade
sua voz anuncia saudade

faz silêncio no meio da tarde
me rodeio de frágeis mentiras
que trago com complacência
entre diálogos que completam
minha ignota essência

histórias que guardei em caixas
dor que engana em profundidade
esse amor, se eu deixar me afoga
santificai a imortalidade...















Adriane Lima








Arte by Santiago Carbonell

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