A palavra sonho
envolveu-se de asas
oníricas cascas
laços que desaprendi
desatar
estranhos horizontes
quimeras, reflexos
enfadonhos, de
meu porvir mulher
exílios calados
passos trocados
amores rasgados
tempo vão
abutres me comeram os
olhos de ver a imensidão
animais domesticados
não me ensinaram:
que o ventre é armadilha
que o riso é frouxo
que o pão nosso de cada dia
não alimenta sonhadores
animais amansados
e suas caudas
quebradiças e esvoaçantes
brindam até o vazio
não é difícil morrer
em vida
não foi difícil amar
todos que em vida
amei
meus versos
falam de mim
e todos meus enganos
caminho e questiono
o leão que ruge e pesa
em peito caverna
guardo mágoas e culpas
onde fiz dos olhos oceanos
vertendo dores embaçadas
entre sorrisos vis
há muito está escuro
a luz só filtra o sonho
adornado por flores
como as coroas que chegam
ao último repouso
do já frio cadáver
Adriane Lima
envolveu-se de asas
oníricas cascas
laços que desaprendi
desatar
estranhos horizontes
quimeras, reflexos
enfadonhos, de
meu porvir mulher
exílios calados
passos trocados
amores rasgados
tempo vão
abutres me comeram os
olhos de ver a imensidão
animais domesticados
não me ensinaram:
que o ventre é armadilha
que o riso é frouxo
que o pão nosso de cada dia
não alimenta sonhadores
animais amansados
e suas caudas
quebradiças e esvoaçantes
brindam até o vazio
não é difícil morrer
em vida
não foi difícil amar
todos que em vida
amei
meus versos
falam de mim
e todos meus enganos
caminho e questiono
o leão que ruge e pesa
em peito caverna
guardo mágoas e culpas
onde fiz dos olhos oceanos
vertendo dores embaçadas
entre sorrisos vis
há muito está escuro
a luz só filtra o sonho
adornado por flores
como as coroas que chegam
ao último repouso
do já frio cadáver
Adriane Lima
Arte by Samira Akmanfhar
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