sexta-feira, 8 de julho de 2016

Sob o peso do nada



Hoje há uma felicidade 
de conciliação
com o mundo externo

Um desfrute de nostalgia
com as projeções futuras
do que faltou, do que ficou

O doce encantamento
do momento página em branco
onde não há nada
nem anotações
nem lágrimas
nem belezas
ou tristezas

Há o amanhã
e a possibilidade
de ir além do racional
de contar com o tempo
além das horas fabricadas

Em que caminhamos
para o nada (e o nada é tudo )

E lá estamos nós,
repletos do absoluto




Adriane Lima







Arte by Haijin Bae














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