quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Olhos perplexos

 
 
 
O poema era para menina
(que morava dentro dos olhos)
O poema era liquido, vazou por
toda face, tocou seus lábios
fez uma poça no sofá marrom.
A menina, percebeu que
havia se formado um desenho
Pareciam orelhas de coelho
assim pontudas ou até quem
sabe asas de borboleta.
Ou para aquele desenho
não haveria nome verdadeiro
invariáveis abismos por
 serem lágrimas de nostalgia
 
- Solidão em poesia 
 
 
 
 
 
 
 
 
Adriane Lima
 
 
 
 
 
Arte by Patrick Palmer

terça-feira, 12 de agosto de 2014

A dona de minha aldeia





O caminho sabemos
pé ante pé de ensaios
mão ante mão de ensejos
cálida fruta mordida
florida entre desejos
nasceste do amor
verdade
andaste apoiada nele
em tuas necessidades
esculpida em genética
moura
pele úmida maçã
negros cabelos noite
surpresa entre meu clã
princesa de meu cenário
dona de suas vontades
abrupta em tempestades
teu mar é meu sal de agora
o céu que não habito
entardeço a toda hora
suave orvalho que agora chora
quando gritaste : já sou
uma nova vida virá de ti
e saberá como é nascer
e morrer para o amor
- espelho e semelhante

 




Adriane Lima






Arte by  Igor Morsk

Poema profético




Sob a saia
escondi
o galope
e tremor
a Salomé
que me enseja
deveria servir
tua bela cabeça
em bandeja

 




Adriane Lima




Arte by Xi Pan 
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