sábado, 21 de janeiro de 2012
Palavras Soltas...
As letras brincam no papel em branco
È mais instinto e menos sonho
Alma contrasta com Lama
Amor sugere Roma
E nesse anagrama
Colocamos nossos dramas
Palavras soltas e sem fim
Sentamos em nebulosas
Conversamos com Querubins
Fomos do ar ao éter
Da cama a maca
da vida ao divã
Dos sinais entre tantas
coisas vãs
Giro de palavras
Na ciranda dos personagens
América virou Iracema
E Alice virou Célia
A linha, a reta ,o descompasso
A missa do avesso virou assim
E a palavra caras ,virou casar
As palavras embaralhadas
Feito as cartas de Tarot
Brincam soltas se esvoaçam
Como petecas na mão
Perdem-se em teorias
entre tantas filosofia
Bom seria usar palavras homônimas
E entender que o canto do pássaro lá fora
Faz parte do canto do nosso quarto....
Adriane Lima
Imagem : Catherine Alexandre
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
Das flores que colhi
Hoje só queria
parir um poema
dar vida as palavras
cerca-lo de verbos
e significados
que sejam adequados
com sua sentença
Dar vida aqui fora
o que se tem em mente
o que minh'alma pressente
ser fruto do agora
Do tempo que me corre
do sonho que morre
nas palavras que mudaram
o rumo da prosa
Da ave que me transformo
nos voos intra-uterinos
das palavras que rumino
dia e noite noite e dia
Sentimento insistente
me faz de louca penitente
como a ilusão
de um sol que não se põe
Busco rimas e saídas
a tinta na ponta da língua
é cicuta em verbos de amor
Hesitante pensamento
voa longe,voa dentro
o poema hoje nascido
já ganhou o seu sentido:
virou flor...
Com laço de cetim amarrado
foi por mim enfeitado
apenas preciso lembrar
com que palavra rimar :
amor...sem ser com dor
Adriane Lima
Arte by Mark Arian
Poema Silencioso
Antes de morrer quero
te fazer um poema
Sem muitos rodeios
ou rimas fáceis
Dedicar em palavras
as minhas grande verdades
Para que saibas que viva estou
Quero que saibas
o quanto me fez crescer os sentidos
E quanto mais me tiravas,
mais minha fé aumentava
Tentaste tirar me o brilho,o trilho ,o filho
Bendita vida que não se apagou,
O caminho por sí traçou
e o filho com a vida brindou
Tentastes os espaços reduzidos
O tédio,melancolia e fracasso
Mas a flor que brotava em mim
Tirava o rancor de meu jardim
Fostes ao fundo,de tua ira
Tentando arrastar me contigo
Mas a luta diária e tênue
Perpetuava me em abrigo
Andei por caminhos obscuros
Corri,chorei,tentei ser forte em morte
E sem saber tudo isto me faria
Ser mais mulher na vida e na alegria
Adriane Lima
Arte by : Victor Hagea
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