domingo, 16 de outubro de 2011

Esconderijos



O silêncio é a pena mais doída
È morte lenta,insegura ferida
Mãos de açoite não doeriam tanto
Alma e vida

Partir é apenas soar o alarde
Fazer do outro vítima e ser covarde
De plenitudes que não se deixaram existir

Jardim feito de sonhos adormecidos
Onde o amor não criou raízes
Passou com cheiro de primavera e
gosto de eternidade

E nesse buscar inesperado,
sem cheiro e sem cor
Onde brotou o amor, com tons violetas
Voos suaves de borboletas, 
e depois se foi

Peço pausa e recomeço
Reluz manhã, esconda a noite
Até encontrar uma nova flor
Não, o amor não mora mais aqui

Adriane Lima

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