domingo, 29 de janeiro de 2012

Deriva



No silêncio da noite
breu total de sonoridade
se é que se pode assim dizer

O que é a sombra
desse silêncio
que diz mais a mim
do que você

Tempo voa
atordoa
e minha mente
não cala
viaja
é maruja
em meu convés

porões por hora
habitado
fantasmas acorrentados
peso de meu revés

Porque não aceito
o silêncio
Porque procuro respostas
Se sei do fio o viés

Se o tempo passa
sem alarde
já me fez mais
que covarde
não sou dona de
minhas marés

Recuo
Bato nas pedras
Rochas de memória
restos de porquês

Barco solto ao
mar da verdade
Interno
Intenso
Insensatez...

 



Adriane Lima

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