sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Festa Interior


 

Como pode um homem
viver de lembranças
como pode a covardia
ser sua herança

Como seguir assim,
como cuidar de mim...
 
Quando sei que ele
sofre e me atinge
com sua postura de esfinge

Eu me rasgo
me consumo em saudade
e em dores de verdade
que ele criou para nós

A que assiste a vida passar
de mãos atadas
porque cai nesta cilada
que o destino  apresentou

Muitas vezes penso
que por nós não farei nada
pois a covardia vai além
de meus desejos
e de minhas empreitadas

Acredito que nunca
é tarde demais
para ser o que você
deveria ter sido

Mas,há em mim
o êxtase da chegada
essa força  já tomada

ao entender que não se pode
viver a própria vida
através de um amor, sem ele merecer

 È uma feliz descoberta
ver que mesma errando o amor
a vida me presenteou
com um novo  amanhecer

È como se te preparassem
uma festa surpresa
E você tivesse todo direito
de não comparecer





Adriane Lima

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