Toda vez que penso
toda vez que sinto
toda vez que quero
toda vez que minto
me vejo por entre corredores e labirintos
dentro de tua imaginação
que para mim são lugares secretos
Em meio aos meus desertos
matei essa sede infinita
você foi o centro
fez desse momento meu atemporal
eu te vi partir
escorrendo feito vela derretida
que queima incendeia fere
se puser a mão
sem poder te tocar
eu perdi o alento
não achei unguento desta solidão
mesmo assim invento
ao meu coração sedento
outras respostas
outra solução
onde a covardia
já fez sintonia
e me abriu o chão.
para você eu preparei uma primavera
e você não veio
nem me viu florir
nesse momento
não foi meu intento
navegar por mares tão desconhecidos
e dizer que por você morri
o teu sol menino
não é mais meu centro
e te desinvento
-igual te fiz surgir
Adriane Lima
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